Museu do Oriente
Lisboa

Descrição:
O edifícado original é datado de 1940, sendo constituído por uma estrutura porticada de betão armado, com cave, piso térreo e 6 pisos elevados. O edifício possui uma área de implantação de 2622m2, que se distribui numa planta de formato rectangular, sendo formado por três corpos (A, B e C), separados entre si por juntas que permitem deslocamentos relativos entre corpos adjacentes. Os edifícios Pedro Álvares Cabral estiveram sujeitos, desde a sua construção, a solicitações superiores às que as funções de museu irão originar, pelo que os elementos estruturais estão, na sua generalidade, sobredimensionados. O edifício original havia desempenhado a função de armazém de bacalhau, com a particularidade de o mesmo se desenvolver em vários níveis, nos quais os pilares, lajes e vigas foram dimensionadas apenas para as cargas estáticas.
Principais Anomalias:
Os pilares originais, apesar de serem formados por secções transversais generosas, não satisfaziam as exigências de segurança em relação aos estados limites últimos (em relação às acções sísmicas).
Principais Intervenções:
A intervenção incluiu o reforço da estrutura a manter, à qual foram retirados diversos pilares por razões de índole arquitectónica, zonas com reformulação profunda com a criação de um auditório, com as respectivas bancadas e cobertura com vigas pré-esforçadas no topo do edifício, e ainda diversas estruturas metálicas no interior (escadas e passadiços).

O edifício existente dispunha de um número elevado de pilares incompatível com a nova função de museu. Por este motivo o projecto de arquitectura implicava a eliminação de alguns pilares, duplicando por isso o vão original. Adoptou-se uma solução que proporcionasse um apoio, substituindo o pilar existente e que pudesse ser facilmente implementada em obra. Para este efeito projectou-se um sistema de substituição dos pilares através da criação de forças de desvio verticais no local dos pilares a eliminar. Estas forças foram conseguidas com um sistema de pré-esforço exterior. Depois da instalação de cada sistema, procedeu-se ao corte do pilar subjacente, com disco.
Dono da Obra:
Museu do Oriente
Arquitectura:
OXALIS/JLCG
Construção:
Luseca
Conclusão da Obra:
2008
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